Valentino Rossi a testar F1 da Scuderia Ferrari
Miguel Oliveira trocou as motos pelo Hyundai i20 WRC

Miguel Oliveira, vencedor das últimas três corridas do último Mundial de Moto2, trocou as duas rodas por uma experiência a bordo do novo Hyundai i20 WRC.

O piloto natural de Almada – que nos tempos livres que o mundial de Moto2 lhe reserva frequenta o curso de Medicina Dentária – teve esta quinta-feira a oportunidade de sentir as emoções de uma "máquina" do WRC, durante o Rali de Monte Carlo, a mítica prova que abre a nova temporada do Mundial de Ralis.

O português, que em 2015 se sagrou vice-campeão do Mundo na categoria Moto3, foi um dos convidados da marca sul-coreana para a etapa inaugural do Mundial WRC de 2018 e fez questão de documentar o momento na sua conta oficial de Instagram (ver abaixo), onde surge ao lado dos pilotos Thierry Neuville e Dani Sordo.

Apesar de ser a maior esperança portuguesa nas duas rodas, não é segredo para ninguém que Miguel Oliveira tem um "fraquinho" pelas quatro rodas. Basta recordar que há cerca de dois meses participou nas 3 Horas TT de Fronteira aos comandos de um Can-Am Maverick X3 XRS da categoria SSV (buggy) da sua própria equipa, a Miguel Oliveira Fan Club Racing Team.

Não sabemos se esta "aventura" em Monte Carlo abriu ainda mais o apetite a Miguel Oliveira, mas uma coisa é certa, o português está longe de ser o único piloto do Mundial de Motociclismo que vê as quatro rodas como uma possibilidade, nem que seja por mera diversão.

O nome mais falado é mesmo o de Valentino Rossi, sete vezes campeão do Mundo de MotoGP, que esteve às portas da Scuderia Ferrari e chegou mesmo a impressionar… Michael Schumacher! Esta confissão foi feita recentemente por Luigi Mazzola, engenheiro que na altura supervisionava os testes na pista da marca de Maranello, em Fiorano.

"Dava para ver o potencial que ele poderia chegar a ter. Mas sinceramente ele não teve coragem para deixar as motos porque sabia que ainda lhe restavam alguns bons anos pela frente, além de ser muito arriscado", afirmou Luigi Mazzola.

"Não me lembro de quantos testes fizemos com o valentino Rossi na Ferrari, mas foram pelo menos sete. No primeiro, Valentino entrou na pista e deu uma dezena de voltas. No final já estava a fazer tempos incríveis e lembro-me que o Michael Schumacher, que estava comigo a ver a telemetria, tinha um olhar atónito, estava incrédulo", acrescentou o referido engenheiro.

O primeiro teste foi em 2004 e decorreu de forma secreta, com Rossi a correr com o capacete do próprio Michael Schumacher para não levantar suspeitas. A sua relação com a Scuderia sempre foi muito próxima depois disso, mas o piloto transalpino nunca chegou a "migrar" para o mundo da F1.

Em destaque